O levantamento mostra que o programa beneficia, além das crianças com T21, também os familiares, professores e escolas da região
Andrei Talison
Balneário Camboriú
O cuidado nos primeiros anos de vida faz toda a diferença no desenvolvimento de crianças com T21. É com esse propósito que a Associação Amor Pra Down (AAPD) mantém, desde de 2020, o Programa de Estimulação Precoce, que oferece acompanhamento especializado para crianças de 0 a 6 anos e orientação às suas famílias.
Entre 2023 e 2024, o programa atendeu 39 crianças, segundo levantamento realizado pela pesquisadora Jéssica Fidelis Barboza, da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). O estudo mostrou que os impactos vão além dos atendimentos realizados: eles se estendem às famílias, escolas e até aos profissionais envolvidos.
Impactos dos atendimentos realizados
Os atendimentos, conduzidos pela profissional de educação física e pela pedagoga, resultaram em avanços no desenvolvimento motor, cognitivo e de linguagem das crianças.
As famílias, por sua vez, apresentam mais segurança e preparo para lidar com os desafios diários. A participação ativa dos responsáveis nos atendimentos ampliou os benefícios, fortalecendo vínculos e diminuindo barreiras sociais.
Impactos nas escolas e nos profissionais
O impacto também chegou às salas de aula: 14 escolas apresentaram maior inserção de alunos com T21 antes mesmo da idade obrigatória, e 38 professores e coordenadores receberam capacitações oferecidas pela Associação Amor pra Down, favorecendo práticas pedagógicas mais inclusivas.
Entre os profissionais que atuam diretamente no programa, foram identificados ganhos em capacitação técnica e desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas e de ensino.

Transformação social
Para a pesquisadora, o Programa de Estimulação Precoce mostra que o investimento em atenção especializada na primeira infância é fundamental para a inclusão. “Não se trata apenas do atendimento em si. É um trabalho que transforma realidades, promovendo maior autonomia e independência das crianças com T21, demonstrando que a deficiência não é uma definição do indivíduo, mas somente uma característica”, afirma Barboza (2025).
Fundada em 2000, a Associação Amor Pra Down se consolidou em Balneário Camboriú e região. Hoje, a filial em Itajaí é reconhecida como Centro de Referência em síndrome de Down, ao todo atende 64 associados em ambas as unidades, reafirmando seu compromisso em ser movimento de empoderamento e inclusão.
Acesse o estudo completo: https://drive.google.com/file/d/1rtqB3LPS_KpP_p2rV_Tr7nWhnoTxFqUd/view?usp=sharing
Muito importante este estudo para fortalecer a continuidade de programas como esse. Os resultados são impressionantes, e iniciativas assim nos conduzem a uma educação inclusiva de qualidade.
Trabalho Maravilhoso, mostra que o recurso público investido e devolvido para a sociedade. Parabéns!
Muito feliz por poder realizar essa pesquisa. A avaliação só demonstra através de números o impacto que vemos todos os dias na vida dos associados.
Assunto importantíssimo!
Trabalho incrível que demonstra através de números, a importância que a instituição causa na sociedade e principalmente na vida dos associados.
E muito orgulhoso por ver a Jéssica Fidelis indo muito além para realizar esse trabalho incrível, e ressaltar a importância do poder público e de uma verba bem repassada pode causar um impacto incrível na sociedade.
Trabalho importantíssimo e que impacta os associados, suas famílias e toda a comunidade em que estão inseridos! Parabéns Jéssica, pela pesquisa!
Assunto interessante! Importante trazer esses dados e mostrar o impacto nas famílias e comunidades.
Parabéns, Jéssica Fidelis! Seu trabalho mostra como políticas públicas bem pensadas e verbas bem aplicadas geram resultados reais para a comunidade!
Ótimo trabalho
Interessante demais, matéria super relevante e de conhecimento público, parabéns!